

Tal como outra casa, a Nautilus possui todas as divisões normais: quarto, sala de estar, sala de jantar, cozinha e casa-de-banho. A diferença é que não existem separações internas entre cada uma e os pisos são ligados por uma escada em espiral. Exactamente quando se entra, temos a escada à nossa frente. E já dentro, para além da percepção do espaço interior, vemos que o exterior continua presente: as plantas ocupam o largo corredor e o reflexo dos vitrais da fachada principal ilumina-o. Este jogo de formas, cores e luzes é igualmente inspirados nos detalhes de Gaudi.
Em casa, nada é paralelo. Nem as paredes, nem mesmo o chão. O arquitecto refere que viver aqui é uma experiência a três dimensões, num ambiente tranquilo e fluido, dominado pelas formas curvas e algumas surpresas. Por exemplo, a sala de estar emerge desde o interior do jardim e a mesa da sala de jantar é puxada da própria parede.

Como se os moradores estivessem numa viagem, basta pisar as escadas para prosseguir caminho. No piso seguinte, vamos encontrar a sala de estar e uma sala de estudo, com vista para as montanhas. Na parte traseira e mais reservada da Nautilus estão os quartos, a casa-de- banho, os closets e a cozinha. “O meu objetivo era que pensassem estar a viver como um caracol, andando de divisão em divisão…”.

Construída com materiais em cimento e aço, a forte estrutura da casa dispensa grandes manutenções e oferece uma boa resistência a tremores de terra. O seu sistema de ventilação permite ainda que a temperatura ambiente se adeque às estações do ano. Quando se abre a porta e o ar entra, fica mais frio ou mais quente conforme seja Verão ou Inverno. Javier não podia ter ficado mais satisfeito com o resultado final: “Quando vi, fiquei muito surpreendido por ser o que tinha idealizado”. Esta casa, quase retirada de um conto de fantasia, é habitada por um casal e dois filhos.


Nenhum comentário:
Postar um comentário